segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

THE MODERN LOVERS




THE MODERN LOVERS(1976)






A história do Modern Lovers assemelha-se muito à do Velvet Underground, sucesso póstumo e idolatria. O primeiro disco da banda, foi gravado em 1972 e somente lançado quatro anos depois, após a banda já não existir mais. Tudo inciou em Boston, quando Jonathan Richman, apaixonado pelo Velvet Underground, convidou seu amigo de infância John Felice a montar uma banda. Juntos foram até Nova York para buscar uma guitarra Fender que Richman havia comprado, lá conheceram o futuro baixista David Robinson e o primeiro baterista Rolf Andersen, estava formado o embrião. O grupo fez sua estréia em 1970. Algum tempo depois, apareceram dois outros loucos fãs de Velvet, Jerry Harrison e Ernie Brooks que haviam visto três shows do grupo. Primeiramente eles surgiram como fãs que queriam empresariar a banda, mas acabaram virando integrantes. Ernie virou baixista e Jerry tecladista. Logo a fama culminou com a oferta de David Geffen para ser empresário do grupo, dessa maneira conseguiram em 1971 gravar uma demo na Warner no estúdio Intermedia, de Boston. A demo circulou e a A&M Records se interessou pelos Lovers. Em 1972, entraram novamente em estúdio, desta vez em Los Angeles, com o ex-Velvet John Cale na produção, ele na época trabalhava para a A&M. As gravações feitas nestas sessões circularam como fitas demo, e acabaram virando um disco de baixa qualidade sonora lançado em 1981.


Apesar das músicas selecionadas para o álbum possuírem ótima qualidade, diferente do disco de 81, o prometido lançamento pela Warner não saiu do papel, causando uma imensa desilusão na banda, a solução foi reunir-se novamente com John Cale para outras gravações, mas nada deu certo novamente. Estes problemas afundaram a banda e acabaram com a "debandada" de seus integrantes. David Robinson foi para o The Cars e Jerry Harrison para os Talking Heads.
Richman, sem rumo na música, acabou aceitando o convite de uma gravadora pequena de Los Angeles, a Beserkley Records, apesar de ser humilde eles se interessaram pelas gravações realizadas em 72 pelos Modern Lovers e decidiram lançá-las. O resultado foi uma pérola do mundo do rock, lançado em 1976 e até hoje cultuado, mesmo 30 anos mais tarde. O homônimo álbum mostrava uma banda afiada com um repertório excepcional. O disco abre com a "rocker" Roadruner, apresenta a maravilhosa Pablo Picasso, regravada por Bowie, o estilo de cantar de Lou Reed na música I'm Straight e também o "torpedo" She Cracked, que o Echo & the Bunnymen chegou a tocar em seus shows.
É muito dificil comentar um disco como este, desde a primeira faixa até a última, o álbum passeia por várias influências, viaja-se na voz de Richman e ás vezes no instrumental descompassado do grupo.....ouça e tire suas conclusões.

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