Em sua fase áurea, o Gong funcionava como um veículo para as deliciosas insanidades do cantor e guitarrista australiano Daevid Allen. Ex-integrante do Soft Machine, Allen se viu obrigado a mudar para a França, em 1968, ao ter negado o visto de entrada na Inglaterra, devido a uma prisão anterior, por uso de cannabis. Em Paris, residindo numa "casa flutuante" em pleno Sena, Allen - inspirado por Tolkien e farto do uso de alucinógenos - começou a desenvolver a saga do planeta Gong, cujos habitantes eram seres incomuns como os "pot-head-pixies" e os "octave doctors". Cambert Electrique, o primeiro álbum do grupo, oscilava entre a improvisação do free-jazz, o rock pesado, o minimalismo eletrônico e a mais alucinada psicodelia, fazendo com que, em pouco temp, o Gong se tornasse uma das formações "avant garde" mais populares da europa.
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